quinta-feira, 21 de abril de 2016

Uma possível meta concluída

Esse provavelmente vai ser o post mais difícil que eu já fiz e vou fazer nesse blog. Mais difícil do que aquele que eu estava completamente perdida, mais difícil do que aquele que eu estava desesperada. Tudo porque não sei muito bem o que falar, nem como falar. Grande parte disso porque tenho medo de falar além do que deveria falar, de ferir alguém ou de passar uma interpretação que não gostaria, nem deveria.
Já começo achando que errei ao colocar isso como uma meta. Parece que sempre quis isso e que o que vivi foi mentira. Não. Uma das metas de 2016 era tirar o peso que sentia sobre meus ombros. Só que a grande questão era saber o que era esse peso. Me sentia mal comigo mesma, com meu namoro, com meus amigos (os poucos que sobraram), com minha família, faculdade, trabalho. Com absolutamente tudo e sem saber a origem disso. Comecei a perceber o que tirava minha calma, o que me fazia chorar, o que me fazia mal. Comecei a perceber que o que devia estar me fazendo bem era o que me fazia mal, o namoro. Depois de muitas coisas, um longo tempo pra pensar e analisar se era isso mesmo que deveria ser feito, eu fiz. Eu terminei.
Terminei porque não era só eu que estava infeliz. Com minha mudança de pensamento e de objetivo comecei a mudar meu jeito de tratar ele. E isso não é justo. O namoro podia não estar dando certo por inúmeros motivos, mas a pessoa com quem eu me relacionava é um cara incrível e não merecia isso. Nosso namoro não merecia isso. Qual era a razão de continuar sem motivos, sem vontade, com um último fio de esperança de que tudo ia dar certo, se já não estava dando e só piorava? Porque esperar a gente não se suportar mais pra isso? Qual era a razão pra esperar ser feliz depois, se o certo é ser feliz sempre?
Foram 2 intensos anos. Com muitas brigas e carinhos. Muitas discussões e choros, mas muito aprendizado e risadas. Mas sempre chega uma hora que não dá mais. Que o carinho não é mais suficiente, que a paciência acaba no primeiro incômodo, que você vira plano b. Não queria tornar "público" nada disso, mas é o desafio desse blog. Eu preciso ler isso daqui a 1, 2, 5 anos e lembrar o que eu sentia e ver o que eu mudei.
Não quero ser a culpada disso, nem colocar a culpa nele. Mas não posso dizer que fui a única a mudar e que fiz isso somente por mim. Não. O namoro me fez mal. O namoro foi algo tóxico pra mim. Por isso chegou a hora de ter um fim. Não posso dizer que pra sempre, porque quem conhece o dia de amanhã? Mas sei que por enquanto não. Preciso de um tempo meu, um tempo livre, um tempo pra colocar a cabeça no lugar.
Eu praticamente imendei um namoro com outro e tive quase nenhum tempo pra mim. A última vez que estive completamente sozinha eu tinha 17 anos, cursava o ensino médio e morava com meus pais. Hoje tenho 21, terminando uma faculdade, trabalhando, morando -quase- sozinha e em outra cidade.
Preciso conhecer essa nova Julia. Mais velha, mais viva e vivida. Mais ela.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Ela é de Áries

Ela é de Áries e como já dizia Cazuza, ela não pede licença. Ela entra, arromba a porta. Ela não sabe ser pela metade. Não sabe amar mais ou menos, ser triste mais ou menos, fazer as coisas mais ou menos. Ou é sim, ou é não. Ou é 8 ou 80. Ou vai, ou fica.
Impaciente, impulsiva e inquieta. Fala alto, grita, não sabe sussurrar. Parece quieta e tímida, mas basta se sentir a vontade que você conhece ela por completo.
Signo de fogo, ela se entrega de corpo e alma pra tudo aquilo que ela acredita. Quebra a cara inúmeras vezes, e não aprende nenhuma.
Gosta de atenção, de ter uma conversa interessante e de que se preocupem com ela. Se entendia fácil, cansa fácil. Odeia rotina, odeia tudo que vira constante, que não traz emoção e que não dá frio na barriga.
Muda a vida, muda o rumo, muda tudo. Sempre atrás de movimento, de novas situações e de novas pessoas.
Ela é de Áries e não fica parada. Não fica quieta. Não fica. Sempre que puder, e quiser, vai. Vai pra longe, vai pra perto, depende de onde se sentir segura. Porque pode parecer que não, mas ela quer a segurança de casa, o conforto de um ninho.
Ela não tem meias palavras e não sabe fingir. Se quer, demonstra. Se não quer, também.
Ariana tem fogo nos olhos e na alma. Pavio curto, cheio de temperamento. Uma verdadeira tempestade. Chega, faz barulho e depois amansa, deixando tudo na calmaria.
Amante da vida, do drama, do precipitado. Vive com as escolhas erradas, e principalmente com os arrependimentos do que não deveria ter feito. Mas fez, depois pensou. A ordem pra ela é essa.


Hoje chego ao fim de mais um aniversário. 21 anos. O fim do Ciclo de Saturno (que mal conhecia, mas odiei com todas as minhas forças). Com muito aprendizado, desafios e uma nova vida pela frente. (vide próximo post).
Feliz aniversário eu. Hoje você está confusa, um pouco triste e um pouco feliz. Acho que você ta perdendo essa magia de aniversário. Finalmente, depois de tantas decepções por causa dele, ne?
Mas é um novo momento, é o seu momento. Seja feliz Júlia do passado, presente e futuro. Você tem muita coisa pela frente.

eu e minha nova tatuagem da constelação de Áries