terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Sobre 2015

Como já era de imaginar, resolvi fazer uma retrospectiva. Mas confesso que não queria. Na minha cabeça, nada que aconteceu em 2015 valeu a pena a ponto de ser contado. Então fiquei deitada uns bons minutos pensando se realmente nada tinha prestado. E, claro, percebi que tinha me enganado. Desde que em 2013 eu fiz uma retrospectiva e percebi como aquele ano tinha sido um dos mais importantes da minha vida, todos os dois que vieram depois me pareceram pouco. Sim, pouco. Como se não tivesse tido experiências fodas o bastante, ou grandes aprendizados. Mas tiveram. Não do jeito que foi antes, nem na mesma intensidade. Mas todos que contribuíram pra minha vida e pra formar quem eu sou hoje. 
Portanto, decidi listar as coisas que eu vivi esse ano e que de certa forma foram importantes pra mim, tanto no aspecto positivo, quanto no negativo. Afinal, nem só de coisas boas nossa vida é feita.

Bom, acho que a primeira coisa que vale ser contada desse 2015 foi que eu aprendi a jogar poker. Parece bobo (e é), só que foi algo que me marcou - e viciou - durante o ano.

A segunda foi que eu conquistei minha CNH! Depois de um ano rodando com a permissão e sem ganhar multa (uhul), ela chegou. Agora sim habilitada completamente!

A terceira foi que comecei um estágio que parecia ser ótimo, mas que me fez repensar em toda minha vida. Essa parte vocês sabem bem, afinal, o blog surgiu por causa dessa crise.

Outra coisa foi que comecei o trapézio. Mesmo há alguns meses parada por causa de um problema no braço (sim, ainda tem essa), descobri nessa atividade um exercício e um jeito de superar medos. 

Em junho, eu e meu pai mudamos de casa. Antes, morávamos eu, ele, minha vó, meus tios e minhas 3 primas. Pois é. Não tinha muito espaço pra mim e normalmente fins de semana perdia meu quarto pra uma outra tia de fora que vinha de visita. Esse ano conseguimos nosso próprio apartamento e desde então temos nosso cantinho!

Outra coisa foi que, depois de anos, eu cantei em público de novo. Não, não sei cantar tão bem. Finjo que sim. É algo que gosto muito e pude fazer de novo.


Pequena prova da cantoria :D

E foi em 2015 também que eu adotei a Nina!


Nina é uma mistura de Golden Retriever e Border Collie. Pouco levada, sabe.

E foi em setembro que a coisa toda ficou linda. Acho que setembro foi o mês mais cheio de emoções. Tudo pode ser explicado em 3 coisas: Kojio, Queen e Katy Perry. Foi em setembro que comecei o meu estágio na Kojio. Estágio esse que me proporcionou tantos momentos bons, tantas risadas, tantos desafios e tanta gente legal na minha vida. O meu maior e mais sincero obrigada a todos vocês! 2016 ta ai pra mostrar que tem muito mais pela frente!


Muita gente incrível reunida!


E sobre Queen e Katy Perry. Ahhhhh. Fica até difícil colocar em palavras. São as duas bandas/artistas que eu sou mais fã. E eu pude vê-los de perto. Cantar junto, chorar junto. Além de poder fazer parte mais duas vezes desse espetáculo que é o Rock in Rio. Não tem palavra nem emoção que consegue definir o que foram esse dois dias. E acho que mais gratificante ainda foi poder ir nos dois dias com meu próprio dinheiro. Conseguir juntar um dinheiro e fazer o que você gosta com ele é a melhor sensação do mundo!! 
Obs.: não vou postar vídeo por dois motivos: 1- pulo tanto que não da pra ver nada. 2- choro tanto que não da pra escutar nada. Pois é. 


Pra ilustrar esses momentos, uma foto não seria o suficiente.


Com tantas crises e problemas, decidi tirar um tempo pra mim e cuidar da minha cabeça. Comecei a fazer terapia e confesso que foi surpreendente. Achei que não conseguiria falar meus problemas pra uma pessoa estranha, mas as coisas foram saindo mais fácil do que eu ia percebendo. Por causa da terapia pude perceber que eu me basto, que não dependo de ninguém e que eu sou uma pessoa inteira. Não preciso de uma cara metade. Nem de amigos que só lembram de mim quando precisam de algo. Ou de alguém que me veja de um jeito inferior, ou que faça de tudo pra me sentir assim. Preciso de alguém que me acompanhe, torça por mim e cresça comigo. E é assim que comecei a levar a vida. 


Outro momento importante, e um tanto quanto estressante, foi o lançamento da minha agência experimental da faculdade. Passamos o semestre todo montando, criando e pensando na agência e no seu evento de lançamento. Foi um semestre um tanto quanto ruim, cansativo e estressante. Mas, como sempre, me trouxe muitos ensinamentos (inclusive do que não fazer).
Companheiras de agência e stress



Bom, 2015 tá no fim e não podia faltar textão né. Gosto de retrospectivas e gosto ainda mais de ler todas elas depois de um certo tempo. Acho que é pra relembrar os momentos que mais me marcaram. E, pra terminar, minhas metas pra 2016 que eu tenho por enquanto:

1- Aprender a beber cerveja (é, pois é.)
2- Tirar carteira de moto (e conseguir comprar uma)
3- Tirar esse "peso" dos meus ombros.
4- Continuar na Kojio
5- Me formar
6- Viajar
7- Mudar o cabelo
8- Fazer minha tatuagem
9- Ir no Maroon 5
10- Aprender outra língua
11- Sair mais
12- Ver todas as séries que estão na minha lista
13- Ler todos os livros que comprei e ganhei

Vamos ver quantas e quais vou conseguir cumprir esse ano. Espero que surjam novas metas e novos desafios! Pra 2016: muita coragem, determinação e, o principal, felicidade!
Feliz ano novo pra nós!

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Sumiço

Já ouvi falar que quando as coisas estão boas, evitamos ficar falando disso. Mas como meu objetivo pra esse blog é mostrar minha mudança através desses anos, coisa boa também deve ser dita.
Hoje eu tô feliz. Não 100%, muito menos em todas as áreas da minha vida. Mas no quesito profissional, eu estou. Tenho medo de falar isso hoje e amanhã ir embora. Mas queria deixar registrado que pelo menos esse 1 mês e meio valeu pelos outros 4.
Hoje eu to num lugar que me entende. Que me deixa criar, pensar e sair da minha zona de conforto. Tô num lugar com muitos desafios, alguns que nem sei se consigo enfrentar, mas eu quero passar por todos. Porque diferente de antes, agora eu gosto do que faço. Se tenho muita coisa pra fazer, coisas difíceis, ou até coisas mais enjoadinhas, não tem problema. Agora eu gosto disso. Faz parte dessa vida que escolhi seguir.
Hoje eu to num lugar com gente parecida a mim. Tão parecidas, que somos opostas. Cada um com vontades estranhas, jeitos diferentes e muita história em comum. Pessoas que não me olham torto por sonhar demais, nem por contar algo inusitado da minha vida. São pessoas que riem de mim, me zoam e são zuadas. Pessoas que não querem aquela falsidade, aquela vida corporativa inventada. Pessoas.
Essa parte da vida eu to feliz. As outras, nem eu sei o que to sentindo. Só sei que preciso mudar. Preciso afastar de pessoas que só me derrubam e me deixam para baixo e manter na minha vida só aquelas que querem me puxar para cima. Essas sim, valem ouro.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

PRIMEIRA META CONCLUÍDA

É isso mesmo! Sumi por uns tempos porque fiquei guardando essa novidade pra postar aqui só quando tivesse tudo certo! Consegui concluir minha primeira meta!! E adivinhem qual foi? Pedi demissão! Sim. Surgiu a oportunidade e eu escutei meu coração. Salário menor, trabalho mais puxado, mas é aquilo que eu sempre sonhei em fazer. Porque esperar??
Antes de entrar nesse antigo estágio eu fui chamada em uma agência. Não fui porque já estava tudo certo para entrar nesse lugar. Coração partiu.
Depois de me sentir insatisfeita com o trabalho, desabafei com alguns amigos. Meu professor (aka sócio da agência) escutou e perguntou se eu ainda não queria ir pra la. Aceitei, é claro.
Então é isso. Não tem muito o que dizer. Apenas que tive a coragem de largar algo em que eu não estava feliz e segui meu sonho. Agora é torcer para dar certo!!
Que venha muitos desafios, jobs e muuuita felicidade por ai!! Bem vinda, nova vida!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Tô perdida

Isso mesmo. Tô completamente perdida. Passando pela pior crise de identidade que já tive na vida. Com dúvidas sobre absolutamente tudo e todos. Sem saber pra onde ir, o que fazer, pra onde correr. 
Não sei se quero meu curso mais. Quando paro e penso 'o que me vejo fazendo daqui a 20 anos?' não me vejo fazendo nada. Não, não a toa. Não consigo me imaginar. Não sei qual é meu sonho. Não sei nem quais são meus desafios. Não sei se faço uma tatuagem semana que vem. Tô me arrependendo da que eu fiz ano retrasado. Não sei se largo tudo e viro vagabunda. Não sei se continuo e descubro o que quero.
Quero mudar. O mundo, eu. Quero fazer algo diferente. Essa é a única quase certeza que tenho. Quase porque também não sei se quero isso. Mas com o que? Sou uma nada. Não sou capaz de nada. Não tenho habilidade nenhuma. Não tenho nem voz. Qualquer projeto que eu penso em tirar do papel, e as vezes tiro, vira um fracasso. Canal no youtube cantando, blog pessoal, bazar de roupas, twitter, esse blog. Nada. Ninguém me lê, ninguém me escuta, ninguém se importa. Ninguém está disposto a isso. Todos tem algo melhor pra fazer. Menos eu. Poderia estar viajando. Poderia ser rica. Poderia estar indo a festas. Poderia. Sempre nessa flexão. Ia. 
"Escreve um livro". Não consigo assimilar ideias pra uma história. "Escreve uma música". Não sei. Não sei nem quais outras possíveis opções existem que eu também não sou capaz de executar. Tentei pensar em ideias de empresas e serviços que eu poderia criar. Cheguei a linda conclusão que só consigo pensar dentro da caixa. E quando tento ousar, não tenho capacidade de fazer acontecer.
Com o perdão da palavra, é uma merda ser adulto. É uma merda ter essa crise de não saber pra onde ir e onde ficar. Não saber nem com quem você pode contar ou pra quem implorar ajuda. É uma merda se sentir uma completa inútil, desqualificada e acho que pior de tudo, ignorada. Porque se eu tivesse companhia nessa jornada louca de descobrimento da vida, me sentiria menos perdida. Me sentiria como alguém. Sentiria que não sou a única que pensa nesse tanto de besteira e não me sentiria tão dramática e ridícula como agora. 
Não adianta pedir sugestões. Quem me lê aqui? Se lê, quem tem vontade de responder? Ninguém. Então, Júlia do futuro, manda algum sinal que tudo vai ficar bem. Um sinal de fumaça, uma mensagem do além, sei la. Me tira desse labirinto. Me mostra uma direção. Me conforta que isso vai passar. Me mostra que vai valer a pena todo esse sofrimento em querer mudar. 
Por favor.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Transformando o ócio em criativo


Julho é, tecnicamente, o mês das férias. Como comecei a trabalhar tem menos que 6 meses, não tive esse direito completamente. Fiquei de férias das aulas sim, mas o trabalho me impediu de ir pra minha cidade natal, viajar, etc. Então, o que fazer durante praticamente em um mês, presa na cidade onde você trabalha, com um trabalho que você fica bastante a toa? Cursos!
Isso mesmo. Já estabeleci como meta anteriormente de que para crescer, preciso criar uma boa base. E qual o melhor jeito pra isso do que frequentar cursos? 
O primeiro que fiz foi o de Digital Analytics, da Seed Cast. Esse foi um curso online, gratuito, com duração de quase 2h. O conteúdo foi muito bom. O palestrante tinha bastante domínio do assunto e foi bastante descontraído. Porém, esperava um conteúdo diferente. Ele ensinou sobre muitos programas e softwares de mensuração de resultados online. Foi bem mais técnico do que eu imaginava, mas consegui absorver bastante informações.

Os outros cursos que eu fiz foram presenciais e organizados pelo 3255 Coworking. Esses foram pagos, com duração de 4h cada. O primeiro que fiz foi de Redação Publicitária, com o Tarcízio Dalpra Jr. Esse é um tema que sou apaixonada e uma área que me interesso bastante. O outro curso que fiz, também ministrado pelo Tarcízio, foi o de Storytelling. Outro assunto que gosto bastante. Esses dois cursos me deixaram mais motivada a continuar estudando e indo atrás do que eu realmente gosto. Tarcízio tem uma didática incrível e seus cursos foram de grande absorção de conhecimento e dicas para a vida.



 O terceiro curso que participei organizado pelo 3255 Coworking foi o de Estratégia de Conteúdo, ministrado pelo Edson Caldas Jr. Pelo workshop pode-se perceber como ele tem muito conhecimento do conteúdo, porém, encontrei bastante dificuldades durante o curso. O conteúdo não foi o que eu esperava, estou na fase mais iniciante do processo. Mas, como todos, consegui absorver o suficiente para o futuro.


E foi assim que aproveitei minhas férias para estudar. Hoje a faculdade já retorna. Férias sem descanso. Ou quase, porque ninguém é de ferro.



quinta-feira, 23 de julho de 2015

Superando medos

Sempre gostei de acrobacias. Fiz ginástica olímpica por uns 2 anos e depois cresci. Por mais que eu reprimisse essa vontade, as vezes eu não me segurava e acabava fazendo alguma piruteta, o que acabava em dor nas costas. Há um mês eu voltei com esse amor, mas de forma diferente. Entrei em uma aula de trapézio. O que eu não contava era o meu medo absurdo de ficar de cabeça para baixo. Com o perdão da palavra, dá um cagaço enorme ficar pendurada apenas pelos joelhos. Parece que a qualquer momento irei me desprender lá de cima. Ainda bem que meu professor, o Bolinha, tem a maior paciência do mundo e não cansa de falar para mim 'o medo está na sua cabeça, você não tem como cair'. 
4 aulas se passaram, fazendo acrobacias com medo, até que decidi ir para aula disposta a esquecer o medo. O pior que poderia acontecer era eu cair, e não seria tão ruim já que tem um colchão enorme embaixo. Respirei fundo e fui. Não cai. Fiz outras acrobacias mais difíceis. Ainda estava com medo, mas o importante foi que eu não deixei de fazer nada por ele. E por mais boba que pareça ter sido a situação, resolvi parar e pensar sobre isso na minha vida. Parar de deixar de fazer as coisas por medo. Vou fazer, me arriscar. Se eu tivesse deixado o medo me dominar, não teria feito uma das acrobacias mais divertidas. Quem sabe o que está me esperando por de trás de todo esse medo? Hora de descobrir.


Essa sou eu fazendo algumas acrobacias (e me divertindo, como dá para ver)

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Máscaras

    Não aguento essa segunda personalidade que a empresa necessita que você crie. Vivemos em uma sociedade onde cada vez mais aceitamos as pessoas como elas são, com sua personalidade diferente das outras. Mas, por mais que todos usem esse discurso, na prática ele é muito diferente.
    Querendo ou não, se você está num ambiente que é diferente do qual você está acostumado, você acaba se modificando para se adaptar à ele. É sem querer. Você quer se sentir parte da equipe, quer se sentir adequado ao ambiente em que está. 
    Por mais que pareça inevitável, a criação desse alter ego vem me incomodando profundamente. Sempre fui de usar roupas básicas e confortáveis no dia a dia. Tênis, legging, moletom. Sempre consegui trabalhar com um bom desempenho escutando música, vendo vídeos, lendo textos. Nunca precisei fingir simpatia. Sempre fui educada, mas nunca precisei deixar minha voz mais mansa no telefone para parecer mais meiga.
   Sei que o trabalho pede para que a gente se encaixe em seus padrões. Mas é complicado quando você passa a agir totalmente diferente do normal. Roupas sociais, olhar fixamente pro computador porque não tem nada pra fazer e "pega mal" ficar vendo vídeos e etc. Me sinto mal por não ter coisas para fazer e quando tem, são coisas que não me agradam. Me sinto uma inútil por cada coisa que surge, ter que passar a situação pra supervisão porque não "consigo" resolver. Me sinto falsa por atender o telefone com voz meiga sendo que na verdade quero gritar. Sinto que estou gastando meu tempo em um lugar que teria tudo para me acrescentar, mas que na verdade me faz ficar sem rumo. Esse é o preço que se paga.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Crescer



    Crescer não é fácil. Todo mundo sabe disso e está cansado de escutar as dificuldades de pular uma etapa da vida. Estou nessa fase. Aos 20 anos, com um curso de Publicidade em andamento, 4 estágios nas costas, um sentimento: insatisfação. 
    Esse blog não é pra textos bonitos, inspiradores ou bem escritos. É um blog real. Onde irei despejar todos meus sentimentos, minhas dúvidas, minhas conquistas e sonhos. Onde irei dividir o que espero do mundo e o mais importante, de mim mesma. Para começar, uma apresentação. Sem meio termos. Para alcançar o futuro é importante saber de onde começou.
    Sou de uma pequena cidade do interior de Minas Gerais. Sai de lá aos 17 anos para cursar Publicidade e Propaganda em uma cidade próxima, porém maior e com mais oportunidades. Desde então, venho me empenhando para aprender a viver praticamente sozinha. Consegui um estágio no meu primeiro semestre, boas notas na faculdade e uma boa relação com professores, colegas e profissionais da área. Minha mãe sempre me ensinou que é importante conquistarmos nosso próprio dinheiro e sempre dei muito valor a ele. Anos se passaram, estou no meio do curso. Consegui um novo estágio em uma empresa muito conceituada no estado e com um salário muito bom. Apesar de errado, o maior ponto que me fez querer a vaga foi o dinheiro. Eu sei, felicidade em primeiro lugar, mas quando se precisa dividir as contas da casa nova, o salário alto chama a atenção. Consegui a vaga na empresa, assinei contrato e tudo mais. Tudo certo para começar essa vida. Até que então uma agência de propaganda que eu admiro muito, me chama para uma entrevista em uma vaga que era tudo o que eu queria. Consegui. E agora? Ficar na empresa que paga bem, que está com contrato assinado e pronta para começar ou entrar nessa agência que vai pagar metade, sem contrato, mas é a vaga dos sonhos? Felicidade em segundo lugar, fui para a empresa. 
    A empresa não era a pior das hipóteses. A vaga é para trabalhar com eventos, uma área que não sou muito fã, mas que ao mesmo tempo é desafiadora. Aceitei, com o coração partido, mas com o peito aberto para enfrentar esse ramo desconhecido.
    Depois de 3 meses na empresa, cá estou eu. Desiludida da vida. Em um emprego que paga muito bem, mas que me transforma em algo que não pretendo ser. Um emprego com pessoas muito legais, mas onde a maioria ainda tem a mente muito fechada. Um emprego que eu esperava ser desafiador, mas me entendia. Um emprego de onde eu já deveria ter saído, mas esse negócio de ser adulto e ter contas a pagar não deixam. E agora?
    Em meio a tanta confusão e dramas, cheguei em uma decisão. Sair agora não é o certo. Por mais infeliz que eu esteja, preciso encontrar as coisas boas que me fizeram escolher aqui em vez da agência. Preciso do dinheiro. Seria idiota e imaturo sair achando que posso me virar com nada. Meus pais precisam de mim e preciso fazer esse esforço por eles. Mas, não posso ficar aqui para sempre. Não posso desperdiçar toda essa energia, todo esse tempo disponível e essa vontade de aprender que eu tenho. Não posso simplesmente jogar tudo pro alto e tacar o foda-se. Meus pais pagaram 2 anos e meio de faculdade e largar tudo agora faltando 1 ano e meio seria sacanagem com eles. Além de que, a faculdade é um lugar onde aprendi muito, apesar dos pesares, e onde irei aprender muito mais. 
    Antes de seguir com a vida, crescer ainda mais, é preciso de uma base. Seja intelectual, financeira ou psicológica. Antes de dar um passo tão grande quanto eu espero dar, é preciso ter certeza de que a base está firme e não vai desabar. Por isso, estabeleci uma meta. Em cinco anos minha vida tem que estar diferente. Não importa como. Quero chegar aos meus 25 anos sabendo que fiz coisas memoráveis, que valeram a pena, que irão me marcar e me mudar. Começando com pequenos passos - como juntar dinheiro - irei longe. Tenho uma meta, uma determinação e uma vontade de mudar. Com isso tudo, nada pode me impedir, a não ser eu mesma.

    Irei contar tudo isso aqui, esse blog. Quero dividir essa aventura que é crescer e se arriscar em coisas novas. Quero deixar registrado que sou capaz e mostrar pra Júlia do passado que superar seus medos vale a pena!

Beijos, Júlia.